Este discurso foi proferido na quarta-feira, 23 de março de 2022, em um simpósio de liberdade religiosa no Rio de Janeiro, Brasil.
Sobre cuidado e construção
Prezados amigos e colegas, é uma honra me dirigir a vocês hoje. Expresso meu respeito e apreço pelo conhecimento que vocês trazem para este evento e pela bondade que espalham pelo mundo. Que possamos celebrar juntos neste simpósio a nossa igualdade perante Deus e a força que provem dela a fim de fortalecermos ainda mais a convivência, a paz e o respeito por todos.
Todos nós precisamos de um lugar para viver: uma comunidade, um lar, um lugar no qual nos sentimos bem-vindos. Todos necessitamos um espaço para solucionar as nossas diferenças e expandir as nossas semelhanças - uma sociedade que possa prover nossas necessidades e que cultive nossa lealdade. Somos por natureza seres sociáveis que buscam se encaixar como indivíduos, membros de uma família, colaboradores de uma comunidade e que encontram significado na companhia de pessoas. Em meio a todas as divisões e contendas deste mundo, todos desejamos ser respeitados e ouvidos.
O lar é onde crescemos, cometemos erros, desculpamo-nos, perdoamos, trabalhamos, repousamos e sonhamos. Uma grandiosa realização humana — seja vivenciada em uma nação, cidade, família, em um casamento ou nas amizades — assemelha-se ao que se realiza em casa. As sociedades são estruturas complexas que exigem projeto, medições, instalações e mobílias. Governos, comércios, artes, associações cívicas, a esfera voluntária e as escolas cumprem um papel importante no apoio às aspirações humanas. E a religião fundamenta esses pilares, instilando ao todo uma direção moral, um comprometimento à caridade e a proteção à dignidade. Todas as camadas e dimensões complementam umas às outras.
O propósito e o planejamento da estrutura são conhecidos como a arquitetura; a arte de agrupar diferentes partes para formar uma habitação para o crescimento humano. Uma casa é construída com vários materiais diferentes: madeira, aço, concreto, plástico, vidro, tijolos e muito mais. E muitas facetas mantêm tudo isso unido: alicerces, cômodos, telhados, portas, janelas e pisos. Para resistir ao teste do tempo e ser bela, uma construção deve acomodar os diversos tamanhos e formas de seus habitantes.
Uma sociedade próspera também tem uma arquitetura. Qualquer unidade social humana, especialmente algo tão grande quanto uma civilização, precisa de um plano para canalizar as ideias conflitantes, os grupos de interesse, os campos políticos, as facções culturais e as organizações religiosas que buscam sua própria visão do bem. Mas elas precisam de uma estrutura, uma base e um suporte que mantenha tudo intacto. Porém, muito mais do que um simples abrigo, precisam de um lar. Quando todos tivermos um lugar para viver, um espaço para pensar e o direito de falar, as comunidades serão melhores. Contanto que não prejudiquem nem coajam ninguém, nossas diferenças podem enriquecer nossa coexistência.
A globalização e a tecnologia aproximaram muitas pessoas. Essa colisão de identidades e valores talvez seja o desafio que define nosso tempo. Numa Inglaterra multicultural, por exemplo, o falecido e querido rabino Jonathan Sacks comparou a tarefa de ajudar pessoas diferentes a sentirem-se parte de uma empreitada compartilhada, sem abandonar sua cultura e sabedoria, a fim de construírem um lar. Ele pergunta: “Como é possível manter uma sociedade coesa em meio a uma diversidade religiosa e étnica sem precedentes?”[1] O rabino insiste que todos podemos ser membros de uma família eclética sem sermos meros convidados. Nossas diferenças não precisam ser vistas como ameaças; mas, sim, como contribuições singulares para nosso bairro, local de trabalho e escola. Diversidade integrada, não ideologia armada, é o caminho a seguir. O ato de construir é o ato de pertencer. Além disso, ele ainda enfatizou:
“O modelo de sociedade assim como um lar que construímos juntos enfatiza mais as responsabilidades do que os direitos. Valoriza as diferenças porque elas não são usadas para nos manter separados; mas significam que cada um de nós tem algo diferente e especial para oferecer ao bem comum”.[2]
Construir uma casa e viver dentro dela, assim como cuidar de uma sociedade, exige engenhosidade, criatividade e manutenção contínua.
Uma estrutura para administrar nossas diferenças
Assim como uma família que reside na mesma casa, estamos todos ligados, ordenados por Deus a cuidar dos interesses uns dos outros. A liberdade de associação permite que sejamos amigos de quem quer que escolhamos e que nos identifiquemos com nossa própria tribo. No entanto, a sociedade é grande demais para evitarmos pessoas de quem não gostamos ou inimigos que desprezamos. Uma era plural como a nossa não oferece o velho conforto da homogeneidade. Não somos obrigados a aceitar as crenças religiosas ou políticas de nossos vizinhos, mas a harmonia e a estabilidade social exigem que convivamos com tais crenças embora sejam diferentes das nossas. Todos têm o direito ao benefício da dúvida. Nossa única escolha é, então, aprender a coexistir.
A liberdade religiosa é a arquitetura de uma sociedade saudável. Ela mantém as diferentes peças em seu lugar, abre espaço para a expressão da consciência e permite que as diferenças argumentem sem violência. Sem essa infraestrutura, a sociedade se divide em blocos de ressentimento, queixas, reivindicações da verdade e lutas pelo poder. Deixadas à sua própria sorte, as pessoas retornam a seus antigos instintos de proteção. Contudo, a sabedoria humana evoluiu o suficiente para nos oferecer melhores ferramentas de cooperação.
A estrutura da liberdade religiosa repousa sobre o alicerce duplo da lei e da cultura. Um sistema jurídico justo e a cultura do respeito atuam juntos para proteger os cidadãos contra as tempestades da ignorância e da intolerância. Governos e tribunais não podem, em última análise, garantir algo em que o público não acredita. E a consciência dos cidadãos não pode ser protegida sem os direitos consagrados na lei. Esse relacionamento de reforço mútuo exige cuidados constantes.
Uma sociedade estável flui como uma dança do tipo dar e receber entre ideologias, crenças e práticas — sempre incentivando o respeito e garantindo que todos cumpram a lei. As constituições ao redor do mundo protegem a liberdade de expressão, o livre exercício da religião e a liberdade de se reunir pacificamente. A Declaração Universal dos Direitos Humanos, assim como vários tribunais e convenções regionais, também proveem amplo apoio a essas aspirações. Essa arquitetura nem sempre é bem-sucedida, mas é nossa melhor esperança num mundo plural.
Em seu estudo sobre extremismos ao redor do mundo, o professor Nilay Saiya descobriu que a melhor maneira de governos e sociedades combaterem tensões religiosas é permitir que haja mais liberdade religiosa. Isso parece contraintuitivo. A liberdade religiosa não causaria mais tensão ao permitir mais crenças? Os dados dizem que não. De acordo com Saiya:
“A liberdade religiosa incentiva formas de atividades religiosas pacíficas ao criar espaço para grupos religiosos praticarem sua fé livremente, trazerem suas ideias religiosas para a praça pública, criarem contribuições positivas para a sociedade e se envolverem em debate por meio de canais abertos de discurso, permitindo assim que diferentes perspectivas sejam ouvidas e privando os extremistas de ganharem a batalha pelos corações e mentes por falta de contestação”.[3]
Um importante estudo publicado pela Editora da Universidade de Cambridge apoia esta afirmação: países que promovem a liberdade de religião ou crença desfrutam de mais liberdade civil e política, mais liberdade econômica e de imprensa, menos conflitos armados, melhores resultados na área da saúde, níveis mais altos de renda, melhor ensino para mulheres e maior desenvolvimento humano geral.[4]
As liberdades se fortalecem umas com as outras. Brian Grim e Roger Finke, autores do estudo, escreveram: “A proibição da liberdade religiosa está inevitavelmente interligada à proibição de outras liberdades”.[5]
O Brasil é um dos exemplos positivos de como essa arquitetura pode funcionar. Ao passar dos anos, enquanto atravessa uma mudança dinâmica do Catolicismo Romano para igrejas pentecostais, protestantes e outras igrejas, a população tem sido capaz de evitar amplos conflitos sectários. Há alguns anos, o mesmo estudioso, Brian Grim, descobriu que “dado o nível de mudanças religiosas no Brasil, é especialmente notável que (…) não tem havido relatos de hostilidades em relação às conversões ou ao proselitismo”.[6] Apesar de estar longe da perfeição, a tensão tem sido administrada por meio do diálogo entre as várias comunidades religiosas.
O élder Dallin H. Oaks, primeiro conselheiro na Primeira Presidência de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, recentemente disse o seguinte num discurso em Roma, na Itália: “A chave para a estabilidade e a harmonia não é uma homogeneidade religiosa ou em outras crenças básicas, mas a garantia compartilhada de que todos estarão protegidos ao seguirem suas crenças básicas”.[7]
Amostras dessa harmonia geralmente passam despercebidas. Quando a pandemia da Covid-19 tinha apenas começado, no início de 2020, uma igreja evangélica cristã na Alemanha abriu suas portas a fiéis muçulmanos para que tivessem um lugar para orar durante o Ramadã. Embora limitados em número, devido às restrições causadas pela pandemia, os serviços religiosos foram oferecidos em alemão e árabe. Representantes da mesquita disseram que o espaço compartilhado os ajudou a dobrar a frequência a seus serviços de oração e a arrecadar fundos para apoiar a mesquita local.[8]
Mais tarde, naquele mesmo ano, depois que um extremista muçulmano atacou uma catedral católica em Nice, na França, um grupo de muçulmanos se apressou em proteger os arredores em coordenação com a polícia local. Aqueles rapazes queriam proteger a antiga Basílica de Notre Dame de novos ataques e demonstrar solidariedade a seus vizinhos cristãos.[9]
As diferenças humanas são algo a ser celebrado ou um obstáculo a ser vencido? Cada sociedade é uma tentativa prática de responder a essa pergunta. Nenhum grupo tem o monopólio sobre as belas, simples e sábias coisas do mundo. Todos podemos aprender uns com os outros. Nossas experiências têm cisões que precisam ser unificadas e nossas perspectivas têm pontos cegos que precisam ser preenchidos. Encontramos significado nas interações humanas quando saímos de nós mesmos e descobrimos a dignidade dos outros, mesmo que discordemos um do outro. Sob nossas falhas, suspeitas e preconceitos existe um alicerce comum de dignidade.
Esse envolvimento entre diferenças é um marco de pluralidade; uma sociedade organizada sob leis comuns e a civilização, mas sem um sistema único de crença que detenha influência total. Tal ideal funciona apenas quando as pessoas exercem os hábitos e os costumes que compõem a civilidade a fim de compreenderem a visão de mundo singular de seus vizinhos. Numa era repleta de filosofias, ideologias e reivindicações da verdade, a paz e a ordem dependem da empatia de enxergarmos nossas esperanças e temores na vida das pessoas ao nosso redor.
A pluralidade é parte normal das sociedades mais modernas, mas o desafio surge quando o mais forte intimida os demais. A pressão social supera o consenso. O impulso de punir as diferenças se torna maior. E, em nome da pureza, vozes populares dominam as mais silenciosas. Mas, com o passar do tempo, essa mão pesada contra-ataca. Quando a opinião da maioria se torna repressiva, ela perde credibilidade moral. As vozes minoritárias então reagem, causando o surgimento de um ciclo de tensão. O desafio de uma sociedade plural é levar essa luta a um discurso produtivo.
Na arena política e cívica, um meio de se estabelecer o bem comum é ser justo em todas as abordagens. Questões complexas, como imigração, sexualidade, identidade e religião, requerem empatia adicional. O ambiente da mídia de hoje faz com que as pessoas vejam essas diferenças como uma batalha em que o vencedor leva tudo — uma visão de mundo prejudicial que diz que você precisa perder para que eu ganhe. No entanto, em muitos casos envolvendo desacordos sinceros, o equilíbrio entre interesses opostos — não uma guerra colocando uns contra os outros — é uma prática mais humana da democracia.
Contudo, nenhuma sociedade pode prosperar apenas na diferença. Os cidadãos precisam de uma base moral comum e uma visão compartilhada do bem. Moralidades individuais esparsas não conseguem suster uma cultura diversificada. O cientista social Jonathan Haidt advertiu sobre “o risco da Torre de Babel” — uma sociedade que não possui um conjunto claro de regras sobre como agir. Ele esclarece: “Quando não há uma cobertura abrangente, quando não há um conjunto de narrativas compartilhadas, deixamos de ter um vocabulário moral que pode nos unir e restringir”.[10]
Uma casa dividida contra si mesma não pode subsistir.
Identificar-se com o outro
A liberdade religiosa tanto é um dever para com o outro quanto um direito para si mesmo. Se deseja que suas crenças sejam protegidas, você deve proteger as crenças religiosas que diferem da sua. O paradoxo repousa no cerne de como uma sociedade diversificada funciona. Alcançamos liberdade quando apoiamos a liberdade daqueles que consideramos nossos adversários. O verdadeiro trabalho da liberdade religiosa tem início quando percebemos que nossos interesses estão atrelados aos interesses de todos os demais.
Várias versões desse discernimento podem ser encontradas em tradições no mundo todo. Frequentemente conhecida como “a regra de ouro”, essa ideia estabelece uma ligação entre a própria pessoa e o outro, entre minha vivência e a sua. Não somos assim tão diferentes. Confucionismo, taoísmo, judaísmo e islamismo expressam diferentes formulações da mesma reciprocidade. Talvez mais conhecidamente expressa por Jesus como “tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-o também vós a eles”, a regra de ouro tem o ressoar da verdade e se aplica tanto à vida pessoal como à cívica.
E, durante a era do Iluminismo europeu, o filósofo Immanuel Kant articulou uma ética humana universal que tinha como base a razão: agir de tal maneira que você nunca trate a humanidade como um meio, mas sempre como um fim.[11] E o eticista escocês Adam Smith ensinou que a compaixão pelos outros está enraizada em nossa natureza: “Por mais egoísta que o homem possa ser, há evidentemente alguns princípios em sua natureza que o interessam pelo bem-estar dos outros e fazem com que a alegria deles seja necessária para ele, embora não obtenha nada disso, exceto o prazer de o observar”.[12]
Tanto os religiosos quanto os seculares podem concordar que essa obrigação mútua promove a dignidade inerente a cada pessoa e a consciência moral que guia nossas escolhas.
Sair de nós mesmos
Nesses comentários, demonstrei meu otimismo em direção a um mundo mais harmonioso. Porém, de modo algum, subestimo a dificuldade das ligações humanas. Somos, de muitas maneiras, como ilhas em busca do continente. E, com muita frequência, vemos uns aos outros através de nossas próprias lentes e não através das lentes do outro. O místico poeta português Fernando Pessoa de modo impressionante expressava esse desafio:
“Você já considerou, amado outro, quão invisíveis estamos uns aos outros? Nós olhamos um para o outro sem ver. Nós nos ouvimos e ouvimos apenas uma voz dentro de si. As palavras dos outros são erros de nossa audiência, naufrágios da nossa compreensão. Quão confiantemente acreditamos em NOSSOS significados das palavras de outras pessoas”.[13]
Seu lamento define a tarefa de uma sociedade plural: levar uma linguagem comum de pertencimento a pessoas e comunidades. Embora muitas vezes nos sintamos isolados das pessoas ao nosso redor, podemos sair de nosso próprio conforto para interagir com o mundo, ouvir e ampliar tanto a mim mesmo quanto o outro.
Às vezes pensamos que nossos direitos não podem estar protegidos se os direitos do outro estiverem protegidos. Mas a vida não tem que ser uma disputa de soma zero em que meu ganho é igual à sua perda. Nosso bem-estar está interligado. O poeta David Whyte nos exorta a “abandonar o fardo de nossa solidão e a nos familiarizar com odiálogo”[14]. É em meio a essa tensão entre nosso eu solitário e os coletivos opostos que caminhos se forjam adiante. A paciência e o tempo são os cultivadores. David Whyte continua ensinando: “Duas ideias que parecem contraditórias geralmente são apenas entidades separadas que ainda não iniciaram uma conversa uma com a outra”.[15]
Nossa mente parece estar treinada para ver os opostos. Colocamos ideias e pessoas em cantos opostos sem testarmos sua compatibilidade, sem testarmos sua capacidade de se adaptar e de crescer. O profeta Joseph Smith disse: “Ao prover os opostos, a verdade se manifestará”.[16]
O lar que buscamos requer uma atitude de vulnerabilidade. A transparência pode fazer maravilhas para aproximar as pessoas. Ter a fé que permite que as diferenças dialoguem pode mudar o mundo. Que edifiquemos um lar para que todas as pessoas de boa vontade se tornem irmãos e irmãs.
[3] Nilay Saiya, “Does Religious Liberty Encourage or Curb Faith-Based Terrorism?”, Religious Freedom Institute, 12 de julho de 2016.
[4] Brian J. Grim e Roger Finke, The Price of Freedom Denied: Religious Persecution and Conflict in the Twenty-First Century, Cambridge University Press, 2011, p. 206.
[5] Brian J. Grim e Roger Finke, The Price of Freedom Denied: Religious Persecution and Conflict in the Twenty-First Century, Cambridge University Press, 2011, p. 205.
[6] Brian Grim, “Brazil: A Lesson in the Peaceful Navigation of Religious Change”, Religious Freedom Project, Berkley Center for Religion, Peace and World Affairs, Universidade de Georgetown, 1º de junho de 2015.
[7] Elder Dallin H. Oaks, “Religious Freedom in an International Context”, 14 de dezembro de 2021.
[8] Newsweek, “Church Opens Doors to Muslims for Ramadan as Mosques Face COVID-19 Restrictions in Germany”, 21 de maio de 2020; Good News Network, “Church Opens Up Its Doors to Muslim Worshippers So They Can Have a Place to Pray During Ramadan”, 22 de maio de 2020.
[9] ABC News, “Horrified by deadly attacks, French Muslims protect church”, 6 de novembro de 2020; Good News Network, “Muslim Young Men Protect Catholic Church after Deadly Attacks in France: ‘We Will Protect Churches Ourselves’”.
[10] Jonathan Haidt, “Why Is There Political Division?”, Conversations with John Anderson, 27 de junho de 2018.
[11] Enciclopédia de Filosofia de Stanford, “Treating Persons as Means”, 13 de abril de 2019, citado do livro original por Immanuel Kant, Groundwork of the Metaphysics of Morals, 1785.
[12] Adam Smith, The Theory of Moral Sentiments, Penguin Classics, 2009, p. 13.
[13] Fernando Pessoa, O Livro do Desassossego, Penguin Books, 2002, p. 329.
[14] David Whyte, David Whyte: Essentials, do poema “Everything Is Waiting for You”, p. 84.
[15] David Whyte, A Timeless Way with David Whyte, discurso dado à Jung Society of Utah, em 7 de fevereiro de 2020.
[16] Em History of the Church, volume 6, p. 428.